Emília Corrêa, sem um dia de trégua
- Tônia Lobão
- 16 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 6 dias

A prefeita Emília Corrêa ainda não completou sequer o primeiro mês de gestão, mas é possível que ainda não tenha passado um dia sem receber uma bordoada na imprensa.
Se as críticas e ironias estivessem apenas nas redes sociais, não seria motivo de espanto. Afinal, na terra de ninguém, qualquer um é vilão e herói ao mesmo tempo, o tempo todo.
Qual seria o motivo real desse tiro ao alvo? Uma nova gestão, ainda mais sendo de oposição à anterior, não mereceria um tempo mínimo de cessar-fogo, para tomar pé da situação?
Qual foi o desastre até agora provocado pela prefeita que possa desqualificar a gestão? Ter ido tomar posse dirigindo um Fusca? Anunciar auditoria em atos do antecessor? Exonerar cargos de confiança?
Até o fato da prefeita ter ido pessoalmente experimentar um novo ônibus elétrico em fase de teste na cidade, com ar-condicionado, Wi-Fi e outras comodidades, recebeu alfinetadas.
Em uma eleição em dois turnos, conforme as regras democráticas em vigor, a candidatura de Emília Corrêa passou duas vezes pelo crivo do eleitorado da capital sergipana.
Ela e todo o corpo administrativo nomeado para o chamado primeiro escalão têm o aval dos milhares de votos que cravaram a vitória da candidata do PL.
Detonar gratuitamente a nova prefeita e seus auxiliares diretos, de modo prematuro como está sendo feito, soa como birra partidária. Portanto, uma atitude inadequada para quem se propõe a fazer análise política.
Isso configura um cenário deveras desanimador. Ao invés da imprensa colocar-se como contraponto aos desvarios praticados nas redes sociais, parece que o formato bolha está colonizando parte dos órgãos de comunicação.
Foto: Prefeitura de Aracaju / Divulgação.
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