Os craques também pisam na bola

Todos os craques do futebol já tiveram seu jogo ruim. Embora disponham de sofisticada técnica, de vez em quando, também para eles, nada dá certo nas quatro linhas.

Por isso, nenhum jogador de futebol e por extensão nenhum profissional, seja de qual área for, deve pretender e menos ainda alardear que entregará a perfeição.

Mesmo entre os reconhecidos craques a perfeição só se manifesta às vezes. É aquele momento raro no qual diversos fatores se combinam, inclusive a sorte, e surge a jogada genial.

Mas então, o que podem e devem os atletas entregar às apaixonadas torcidas? A fidelidade à equipe, o comprometimento tático, a boa preparação, a concentração, o esforço máximo.

Quando há uma inversão desses valores, entre o que pode efetivamente ser entregue e aquilo que resulta do imponderável, qualquer equipe corre grande perigo!

Essa é a situação atual do Flamengo. Paparicado como o melhor elenco do país, o time vem apresentando resultados pífios e periga terminar o ano sem nenhum título além do estadual.

Embora incensado como príncipe dos técnicos, Felipe Luís não está conseguindo arrancar compromisso e garra dos jogadores. A maioria está jogando de salto alto.

Quase sempre o time tem sido modorrento. É como se os jogadores estivessem convencidos de que, por serem os melhores, o resultado virá, sem a necessidade de esforço.

Além de um futebol burocrático e chato de se ver, o placar dos dois mais recentes confrontos falam por si só: 1 a 1 contra o Vasco e 0 a 1 contra o Estudiantes de La Plata.

Pior é que tanto no Brasileirão quanto na Libertadores está no caminho o mesmo adversário. Uma equipe totalmente comprometida com o que é possível entregar: o Palmeiras.

Em 2019, o Flamengo fez o que fez porque o técnico Jorge Jesus não deixava a vaidade entrar em campo. Agora, quem faz o mesmo com maestria é outro portuga: Abel Ferreira.

Foto: Redes Sociais / Reprodução.

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