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Gabigol: debochado e vingativo

Gol de Gabigol contra o Flamengo

“Bobeira pouca é bobagem” – diz o ditado. A torcida do Flamengo, enebriada pelo sonho de ver um novo time tão bom quanto o de 2019 ou o de 1981, vinha fechando os olhos para pontos fracos da equipe atual.


Um empate em 0 a 0 com um limitado Vasco na quinta rodada do Brasileirão, uma avalanche de gols perdidos em várias partidas e a campanha sofrível na Libertadores, foram alertas empurrados pra debaixo do tapete.


“O pior cego é o que não quer ver” – avisa outro adágio. Não foi só a nação rubro-negra. Diretoria, atletas, equipe técnica e até a crônica esportiva: todo mundo aderiu à política dos panos quentes. Foi um porre total.


Se todos os indícios foram pouca coisa, em uma única tarde/noite de domingo o rei da Gávea foi visto nu por milhões de pessoas, ao vivo e a cores, no estádio do Mineirão e nas telas de TV pelos quatro cantos do país.


O castigo veio pesado. De uma só vez, o time comandado por Felipe Luís perdeu invencibilidades e perdeu a liderança do Brasileirão, ao ser derrotado por 2 a 1 pelo Cruzeiro com um gol de Gabigol, o debochado e vingativo Gabigol.


Fato é que o Flamengo cochilou na sombra da fama. Enquanto isso, o Cruzeiro vem apresentando uma surpreendente evolução desde o início do ano até agora. A raposa mostra que quer voltar aos bons tempos.


Porém, enxergar apenas vícios ou virtudes é atitude fanática. O jogo entre Cruzeiro e Flamengo foi um espetáculo do mais alto nível. Como disse o amigo, general Osvaldo, o primeiro tempo pareceu uma final entre duas seleções.


O jogaço ainda fez brilhar um fio de esperança de que Gabigol renasça das cinzas. O tempo dirá se o gol de pênalti marcado no segundo chute será uma virada de página ou uma feliz despedida.


Foto: Redes Sociais / Reprodução.

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